O grupo radical islâmico da Nigéria Boko Haram anunciou, numa mensagem gravada, a sua fidelidade ao auto-denominado Estado Islâmico (ISIS)
“Anunciamos a nossa fidelidade ao califa dos muçulmanos Ibrahim ibn Awad ibn Ibrahim al-Husseini al-Qurashi e que vamos ouvir e obedecer em tempos de dificuldade e prosperidade”, ouve-se na mensagem, divulgada no Twitter pelo grupo SITE, que monitoriza as atividades terroristas. A mensagem continua: “Apelamos a todos os muçulmanos em toda a parte para jurarem fidelidade ao califa”, considerado o sucessor de Maomé, o líder máximo dos crentes muçulmanos.
Segundo o grupo, a voz que se ouve no comunicado é mesmo a do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau.
Ibrahim ibn Awad ibn Ibrahim al Husseini al Qurashi, mais conhecido apenas por Abu Bakr al-Baghdadi, é o líder do Estado Islâmico, que tem vindo a aceitar as declarações de fidelidade de outros grupos jihadistas do Médio Oriente, Afeganistão, Paquistão e países do norte de África.
Nos últimos meses, o Boko Haram começou a divulgar vídeos com semelhanças aos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Ainda este mês, divulgou um que mostra, alegadamente, dois homens a serem decapitados.
Rita Katz, diretora do SITE, explica que com esta aliança, o Boko Haram passa do estatuto de um grupo jihadista local para o de um importante braço do Estado Islâmico. “Com a vasta rede do Boko Haram no norte de África, o plano do Estado Islâmico de criar um califado islâmico ganha força”. Por outro lado, acrescenta, as infraestruturas, recursos e capacidades militares do Estado Islâmico “vão permitir ao Boko Haram expandir as suas operçaões e controlar ainda mais rapidamente o norte de África.”
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