O chumbo nos testes de resistência da central nuclear espanhola mais próxima da fronteira portuguesa fez soar os alarmes na Greenpeace. Mas o governo português ainda não fez nada, dizem os ambientalistas.
“Quando se tem de dar ou renovar uma licença de exploração [de uma central nuclear], a Convenção (que diz respeito às declarações de impacto ambiental transfronteiriço) dispõe que Espanha está obrigada a facilitar e comunicar esses estudos de impacto a Portugal e não o está a fazer”, disse à agência Lusa a responsável da Greenpeace para a área da Energia Nuclear, Raquel Montón.
A central nuclear espanhola de Almaraz chumbou num dos testes de resistência pedidos pela Greenpeace, evidenciando a falta do mesmo tipo de válvulas que permitiu o acidente nuclear em Fukushima, no Japão. “Em Espanha fez-se a análise da central de Almaraz, precisamente por porque é a que está mais próxima da fronteira com Portugal – outro país membro da União – e porque é a central nuclear em operação mais velha de Espanha”, disse a organização ambientalista. Contactado pela Lusa, o governo português não fez comentários.
As críticas à falta de segurança não se restringem à central espanhola. Em vários países europeus analisados notaram-se deficiências na prevenção dos acidentes. “Não foram aplicadas medidas de protecção cruciais – por exemplo- contra terremotos, inundações e explosões de hidrogénio, nem a instalação de válvulas de segurança adequadas para prevenir a libertação de radioactividade para o meio ambiente em caso de acidente”, indicou a Greenpeace.
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