“O ilegal faz-se rapidamente, o inconstitucional é que demora um pouco mais” são palavras de Henry Kissinger retiradas da revelação de 1.7 milhões de arquivos confidenciais.
O site WikiLeaks publicou hoje, dia 8 de Abril, os “Cables Kissinger” (cables relaciona-se com a troca de comunicação por “cablegram” tipo telegrama) a maior divulgação pública de documentos do último ano, totalizando cerca de 1,7 milhões de arquivos confidenciais, incluindo informações sobre a história de segredo diplomático dos EUA.
Uma grande variedade de arquivos foram recolhidos e compilados, incluindo correspondência do Congresso e relatórios de inteligência (informação) e troca de correspondência electrónica.
Julian Assange, que lidera a organização, disse à imprensa que os documentos ilustravam o vasto alcance e objectivos da influência global dos EUA.
Assange reside actualmente na embaixada do Equador em Londres, sob a ameaça de prisão no caso de sair.
O ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger é citado como tendo dito: “Antes da Lei da Liberdade de Informação, eu costumava dizer nas reuniões, o ilegal faz-se rapidamente, o inconstitucional é que demora um pouco mais” durante uma reunião em 1975 que inlcuía um oficial turco e outro cipriota.
Entre outras informações reveladas, a revelação de que o Vaticano pode ter colaborado com os EUA ao apoiar o golpe a Pinochet no Chile, que resultou num regime de derramamento de sangue e de desaparecimentos.
Já tinham vindo a público documentos sobre o envolvimento dos EUA no sangrento golpe chileno.
Embora estes 1,7 milhões de arquivos tenham sido oficialmente desclassificados e postos acessíveis através do Arquivo Nacional dos EUA, membros da equipa da WikiLeaks consideram que a importância das revelações é demasiado grande para que fiquem subtilmente escondidos.
Os “Kissinger cables” fornecem um acesso sem precedentes aos jornalistas e ao público em geral “, disseram responsáveis pela WikiLeaks num comunicado.
“O governo dos EUA não é confiável para manter a história das suas interacções com o resto do mundo. Felizmente, uma organização que resiste à censura acerrimamente tem também uma cópia.” disse Julian Assange.
“Uma forma de segredo é a complexidade de informação, Essa é a razão pela qual nós decidimos fundir esses arquivos com os nossos e esforçarmo-nos por cosntruir uma base de dados de fácil utilização e acessível “ referiu Kristinn Hrafnsson, um porta-voz da WikiLeaks, à Forbes.
A limitação de Assange à embaixada equatoriana em Londres, significa que o país inglês já gastou cerca de $4.5 milhões em patrulha e vigilância de 24h. Assange reside aí desde que perdeu um caso no tribunal do Reino Unido que obriga a sua extradição para a Suécia.
WikiLeaks largou uma bomba quando revelou mais de 250.000 de arquivos de comunicações secretas em 2010 que incriminavam os EUA em muitas situações internacionais nomeadamente a guerra no Iraque.
Fonte: Google News, wikileaks, RT
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