É possível que os cientistas e engenheiros de diferentes áreas tenham sido os responsáveis directos pelos grandes avanços tecnológicos das últimas décadas, porém não é menos verdade que artistas e pensadores muitas vezes anteciparam-se e previram várias dessas evoluções quando ainda eram impensáveis e, portanto, sendo fontes de inspiração.
Isto aconteceu com o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, que, depois de criar as bases da comunicação por satélite nos seus romances (ele é o autor do conto The Sentinel, que deu origem ao filme 2001: Uma Odisseia no Espaço), definiu com precisão assustadora o futuro da informática, explicando o funcionamento das redes e as suas inúmeras aplicações décadas antes de existirem.
Numa entrevista de 1974, ele disse: “Quando chegarmos a 2001, as pessoas terão em suas casas um pequeno aparelho com o qual poderão falar com o seu computador local principal e obter todas as informações necessárias para a sua vida quotidiana: extractos bancários, reservas em teatros; toda a informação que requer a vida de uma sociedade moderna complexa será encontrada de forma compacta na sua própria casa.
Haverá um monitor, um teclado, e falará com o computador e conseguirá as informações dele, e será algo tão confiável quanto o telefone”.
Quando questionado se a utilização da Internet dessa forma afectaria de forma negativa a vida social, Clarke respondeu que, embora seja possível, também “enriquecerá a nossa sociedade, porque tornará viável que vivamos onde quisermos; qualquer homem de negócios ou executivo poderá viver em qualquer parte do mundo e continuar a fazer os seus negócios através do computador. Isto é algo maravilhoso: significa que não haverá motivo para ficarmos presos nas cidades, podendo viver no campo ou onde quisermos, e continuar a ter uma interacção completa com os outros seres humanos”.
Fonte: pijamasurf
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